A Prefeitura de Pato Branco, por meio da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, está avançando na modernização de seus serviços públicos com a implementação de um projeto piloto de identificação biométrica. A iniciativa, realizada em parceria com a empresa Akiyama Group, tem como foco inicial a área da saúde, mas com a possibilidade de expansão para todas as secretarias.

Foto: Helmuth Kühl – Prefeitura Municipal de Pato Branco-PR
O projeto visa criar uma base de dados unificada e biométrica dos cidadãos da cidade, utilizando principalmente a impressão digital como forma de autenticação, com a previsão de incluir o reconhecimento facial no futuro. A ideia é oferecer uma forma mais rápida, segura e eficiente de identificar os cidadãos nos serviços públicos.
De acordo com a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Rosiclei Caldato, o Município possui atualmente mais de 300 mil cadastros em seus sistemas, mas muitos deles estão desatualizados ou duplicados. “Esse problema gera ineficiência, aumenta os custos e pode comprometer o atendimento, especialmente em situações de emergência, como nas unidades de saúde, incluindo a UPA. A falta de documentos e falhas no processo burocrático também podem resultar na perda de exames ou no atraso de procedimentos essenciais.”
A secretária Municipal de Saúde, Marcia Fernandes de Carvalho, destacou a importância de atualizar a base cadastral do município. “A atualização da nossa base é essencial, pois além de ser a base para o financiamento da saúde, queremos planejar ações com dados reais. Essa estruturação vai integrar outros dados, além do cadastro, para proporcionar respostas mais eficazes à população, garantindo agilidade e facilitando o acesso à saúde, sem a necessidade de apresentar múltiplos documentos.”
O prefeito Géri Dutra destacou a importância da identificação biométrica para a cidade. “Com essa implementação, vamos melhorar a qualidade do atendimento aos nossos cidadãos, oferecendo mais agilidade e segurança, especialmente nas situações mais urgentes. Este é um passo importante para modernizar os serviços municipais e garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma mais eficiente.”
Primeira fase

Foto: Helmuth Kühl – Prefeitura Municipal de Pato Branco-PR
Na primeira fase do projeto, o sistema será testado em unidades de saúde selecionadas. Serão utilizados dispositivos como tablets e totens para a coleta de dados biométricos dos cidadãos, com apoio dos agentes comunitários de saúde. Os equipamentos necessários serão cedidos em regime de comodato à Prefeitura, e a validação das informações será feita com o suporte da Secretaria de Saúde.
Segundo o diretor da Akiyama Group, Felipe Couto, esse sistema foi desenvolvido com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), que destinou um recurso para sua criação. “O município de Pato Branco é pioneiro na implementação de um sistema de cadastramento biométrico da população. Esse sistema vai agilizar os serviços oferecidos à população, como o atendimento em postos de saúde. É fácil de operar e trata com zelo as informações, sem criar barreiras para o cidadão.”
Em relação à privacidade, todos os dados coletados serão de propriedade da Prefeitura e armazenados em ambientes seguros na nuvem, com rigoroso controle sobre o acesso e uso das informações, garantindo a proteção da privacidade dos cidadãos.
Se a fase piloto for bem-sucedida, o próximo passo será expandir o projeto para toda a população de Pato Branco, incluindo outras secretarias, como a de Assistência Social. No futuro, o sistema também poderá ser utilizado em serviços prestados por terceiros, como clínicas e laboratórios, aumentando a eficiência e a cobertura do projeto.
Benefícios para a população e para os serviços públicos
- Eliminação de cadastros duplicados e inconsistências nos dados, melhorando a precisão do atendimento;
- Agilidade e segurança no atendimento de saúde, o que será especialmente importante em situações de emergência;
- Redução do uso de papel e simplificação dos processos burocráticos, tornando os serviços mais ágeis;
- Economia de recursos públicos com a implementação de processos mais eficientes;
- Possibilidade de expansão do sistema para integrar outros serviços municipais no futuro.