Na última quinta-feira (25), a Prefeitura de Pato Branco apresentou, em audiência pública realizada no plenário da Câmara Municipal, os números referentes ao segundo quadrimestre de 2025. A explanação foi feita pelo secretário de Administração e Finanças, Vilmar Possato Duarte, e pela contadora do município, Elizandra Kovalski Nunes da Silva.
De acordo com os dados apresentados, entre maio e agosto a arrecadação líquida chegou a R$ 224,5 milhões, enquanto as despesas empenhadas somaram R$ 201,7 milhões. Isso resultou em um superávit de R$ 22,8 milhões. Em 31 de agosto, o município tinha em caixa R$ 91,9 milhões, sendo R$ 154 mil em recursos livres, R$ 8,6 milhões em recursos livres vinculados a saúde e educação e R$ 83,1 milhões de outras fontes vinculadas.
Saúde e educação
A prestação de contas também mostrou que o município aplicou mais recursos do que o exigido por lei nas áreas de saúde e educação. Na saúde, foram investidos R$ 63,3 milhões, o equivalente a 28,72% da receita, quase o dobro do mínimo obrigatório de 15%. Esse valor representou mais de R$ 26 milhões adicionais para atender a população. Já na educação, o investimento foi de R$ 48,5 milhões, ou 19,48% da receita. Além disso, em recursos livres, a Prefeitura destinou mais de R$ 2,2 milhões para transporte escolar e merenda.
Despesas com pessoal e dívidas
Outro ponto destacado foi a redução das despesas com pessoal. No mesmo período de 2024, elas representavam 46,45% da receita, enquanto neste ano caíram para 45,90%.
Em relação aos restos a pagar, o município quitou 77,74% das dívidas de administrações anteriores com recursos livres, o que corresponde a R$ 34,1 milhões de um total de R$ 43 milhões. Também foram pagos 66,16% das dívidas de fontes vinculadas, aproximadamente R$ 29 milhões de um montante de R$ 43,6 milhões. Somados, ainda restam cerca de R$ 13,8 milhões a serem pagos.
Balanço segundo quadrimestre
No balanço geral, o município registrou um resultado primário positivo de R$ 28,7 milhões, evidenciando capacidade de gerar receitas suficientes para cobrir as despesas correntes antes do pagamento de juros da dívida. O resultado nominal também foi positivo, de R$ 28,3 milhões. A dívida consolidada líquida apresentou uma queda significativa, passando de R$ 113,4 milhões em dezembro de 2024 para R$ 48,1 milhões em agosto de 2025, uma redução de R$ 65,3 milhões.