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Homem das letras que amava a educação, a família e os amigos, pato-branquense por opção e amor desde a década de 1960, nasceu na cidade de Timbó – SC, em 2 de setembro de 1935. Filho de Amadeo e Sabina Voltolini, em Pato Branco casou-se com Nóris Terezinha Sguarezi e teve duas filhas: Heloisa e Larissa.

Graduado em Letras Francês, com especializações na área de Língua Portuguesa, atuou, como professor, na Escola Normal Dr. Xavier da Silva, no Instituto Nossa Senhora das Graças, no Ginásio Estadual Agostinho Pereira e no Ginásio Estadual La Salle. Também atuou na Fundação Superior de Pato Branco (Funesp) e no Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (CEFET), atual UTFPR Campus Pato Branco.

Além da carreira docente, foi Chefe do Departamento de Educação, Cultura e Esportes do município de Pato Branco de 1982 a 1992, passando pelas gestões dos prefeitos Astério Rigon e Clóvis Padoan, onde desenvolveu um belíssimo trabalho em prol da Educação Básica.

Assumiu cargo de professor da disciplina de Português, na Unidade de Pato Branco do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná – CEFET/PR, em 1993, tendo feito parte da comissão nomeada para viabilizar a incorporação da FUNESP – Fundação de Ensino Superior de Pato Branco ao CEFET-PR/UNED – Pato Branco, atual Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR.

A preocupação e o interesse em preservar a história de Pato Branco transformaram-se em ação quando participou do Projeto “Resgate Histórico de Pato Branco”, instituído pela Unidade de Pato Branco do CEFET-PR, por meio da Portaria n.º 013/93 e, com base nas pesquisas realizadas pela comissão, escreveu as obras:

Retorno 1 – Origens de Pato Branco (1996): a história vivenciada de Pato Branco, desde a criação da Colônia Bom Retiro, em 1918, até a emancipação político-administrativa do município, em 1952.

Retorno 2 – Pato Branco na Revolta dos Posseiros de 1957 (1997): a luta pela posse da terra no Sudoeste do Paraná.

Retorno 3 – Ciclo da Madeira em Pato Branco (2000): a história do primeiro grande impulso de desenvolvimento de Pato Branco.

Retorno 4 – Plácido Machado, primeiro prefeito de Pato Branco (2002): registra a primeira Administração Municipal de Pato Branco, evidenciando a trajetória deste município.

Sempre envolvido na arte da escrita, tendo feito parte, inclusive, da Academia de Letras e Artes de Pato Branco e da Academia Palmense de Letras, publicou “Crase – qual é a dúvida?” (1997) e escreveu a parte histórica do livro “História e Estórias do Colégio Nossa Senhora das Graças” (1999).

Dentre tantas outras participações literárias, destacam-se, ainda: a participação no “Concurso de Textos Teatrais”, promovido pela Prefeitura de Chopinzinho, obtendo o 1.º lugar com a peça “Pedrinho Barbeiro”; o 2º lugar no “Concurso JB de Literatura”, do Jornal de Beltrão, com o conto “Motolatria”; e a publicação, no suplemento dominical “D tudo”, do Diário do Sudoeste, em 30 fascículos, de “O Calvário do Sudoeste do Paraná”, em comemoração ao cinquentenário da Revolta dos Posseiros de 1957.

Em vida, Professor Sittilo sempre foi muito atuante nas questões sociais e culturais de nosso município, o que o levou a receber, em 2000, o título de Cidadão Honorário de Pato Branco; em 2001, o prêmio “Mérito em Serviços Profissionais”, pelo Rotary Club de Pato Branco; e, em 2007, o prêmio “Sementes de Pato Branco”, do fotógrafo Rudi Bodanese.

Quando perguntavam sobre expectativas, dizia: “Se Deus me chamasse hoje, não lhe pediria nem um minuto para fazer o que ficou para trás, mas lhe imploraria anos e anos para projetos que ainda fermentam na ideia”.

Faleceu em 30 de janeiro de 2008, aos 72 anos, tendo deixado um legado de amor e dedicação à família, à arte da escrita, à Educação e à cidade que adotou como sua: Pato Branco.

Sobre a Escultura

“ALAP em Ação: Mais Cultura, Letras e Artes em Pato Branco”

A Academia de Letras e Artes de Pato Branco (ALAP) é entidade associativa, sem fins econômicos, fundada em 22 de junho de 2001, com sede na Biblioteca Municipal Professora Helena Braun, sala Professor Sittilo Voltolini, e tem, dentre os seus objetivos, “promover e divulgar atividades úteis ao desenvolvimento da literatura e das artes e apoiar as iniciativas de outras instituições, encetadas neste sentido, em seus aspectos científicos, históricos, literários e artísticos”.

A criação desta Academia surgiu através da iniciativa de um grupo de escritores, artistas, poetas e pessoas preocupadas em difundir a cultura, a arte e a história de Pato Branco. Com o apoio do Departamento de Cultura de nossa cidade, em dezembro de 2000, esses idealizadores reuniram-se na FADEP – Faculdade de Pato Branco para tornar o sonho em realidade. E este sonho foi concretizado no ano seguinte, em 22 de junho de 2001.

Desde sua fundação, a ALAP passou a promover e a ser uma entidade parceira nas mais variadas ações culturais, tais como, dança, teatro, música, literatura, acervo histórico, entre outras, incentivando assim as produções artísticas e culturais que fazem parte da história de Pato Branco.

Atualmente, integram a ALAP 40 Acadêmicos que proporcionam e incentivam a difusão de variadas manifestações artísticas (literatura, música, escultura, teatro, artes plásticas, entre outras), as quais passaram a fazer parte do acervo cultural de nossa cidade.

Para tanto, um dos Planos de Ação da Academia foi contemplado pelo Edital de Chamamento Público nº 01/2018, Processo nº 27/2018, no qual apresentou “ALAP em Ação: Mais Cultura, Letras e Artes em Pato Branco”. Este projeto promoveu eventos artísticos e culturais, envolvendo artistas locais e regionais, os quais apresentaram os seus trabalhos aos munícipes e demais interessados pelos temas apresentados. Este Plano de Ação envolveu as mais variadas manifestações artísticas, tais como: artes visuais, artes plásticas, arte literária, entre outras.

Dentre elas, destaque para a criação da Escultura do Professor Sittilo Voltolini. O professor Sittilo Voltolini, também acadêmico fundador da Academia de Letras e Artes de Pato Branco (ALAP), Cadeira 05, foi professor de língua portuguesa para um número significativo de pato-branquenses. Além de professor, foi também escritor e incentivador da cultura, das letras e da história.

Para (re)lembrar esta personalidade que tanto contribuiu com o resgate histórico de Pato Branco e região Sudoeste do Paraná, foi confeccionada pelo artista plástico e acadêmico da ALAP Kalu Chueiri (Cadeira 11), a escultura do professor Sittilo Voltolini, a qual se encontra na Praça Presidente Vargas.

 Para a produção desta escultura, foram utilizados os seguintes materiais: argila, gesso, resina e pó de mármore.

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