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O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora foi lançado às 9:30 da manhã desta terça (05), em evento no Auditório do SESC. É um programa que visa acolher provisoriamente crianças afastadas das suas famílias, seja por uma determinação judicial ou vulnerabilidade (negligência, violência, abuso, abandono e outros) em novas famílias. Essas famílias acolhedoras, pela lei, recebem uma bolsa auxílio de um salário mínimo mensal por criança acolhida, em vista das despesas com ela e para mantê-la sob guarda. 

Esse serviço garante um direito fundamental à criança, previsto na Constituição Federal e também no artigo 19º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): “É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral”. 

Conforme a Coordenadora do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, Sarah Cristina Kusma da Luz, “os serviços de acolhimento de todo o Brasil estão se adaptando e nós também estamos nos adequando a nos ajustar a novas normativas. Antes o que nós tínhamos era Casa Abrigo Esperança e o Centro de Formação Humana, as instituições que acolhiam essas crianças. Hoje, o que nós estamos fazendo é o reordenamento dos serviços e por isso nós estamos unificando as casas de acolhimento, além de lançar esse outro serviço de acolhimento familiar”.

Como lembrado no evento, o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora foi um trabalho iniciado em outra gestão, que teve continuidade no atual mandato. Desde setembro de 2021, com a aprovação da lei pela Câmara de Vereadores, haviam ações em prol de tirar essa lei do papel. Vale ressaltar que ainda existe certo preconceito em relação ao acolhimento de crianças em famílias. No Brasil, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), menos de 5% das crianças e adolescentes acolhidos estão aos cuidados de Famílias Acolhedoras. 

Para o prefeito Robson Cantu, esse programa tem “uma importância muito grande. Antes nós tínhamos uma casa, nós levávamos essa criança, esse jovem, para dentro de uma casa, onde era cuidada por um funcionário público, que têm as suas férias, têm o seu horário, ele saí da casa. E você colocar numa família acolhedora é muito importante, já que ali têm o carinho do pai, da mãe, têm uma boa conversa, um bom diálogo e orientam a criança para o bom caminho. É isso que nós precisamos, atenção numa criança para fazer eles chegarem num futuro cada vez melhor”.
O evento de lançamento durou cerca de uma hora e meia. Após a execução do Hino Nacional, a jovem Julia Caldato Kadlobiski fez a declamação da poesia “Voltaram os vizinhos”. Na sequência, autoridades fizeram seus pronunciamentos. Conforme a coordenadora do programa, o evento, além de marcar o lançamento, busca atrair famílias da comunidade, que tenham vontade de acolher essas crianças. As pessoas interessadas em se cadastrar para receber essas crianças, podem procurar a Secretaria de Assistência Social ou fazer sua inscrição através do link: https://forms.gle/QW1iQ8647SA24W9e9

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