Notícias

Dados da Secretaria Municipal da Saúde de Pato Branco apontam que a ampliação da vacina tem impactado os números de novos casos de Covid-19 no município. Segundo material apresentado na reunião ordinária do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, na manhã desta quinta-feira (1º de julho), já foram imunizadas 31.243 mil pessoas com a primeira dose e 10.187 mil com a segunda. Nas últimas três semanas, em que houve a ampliação da cobertura, também houve a queda de novas notificações, de novos casos confirmados e da taxa de internação.

“Percebemos um impacto direto, porque a vacina continua sendo um meio eficaz de proteção. Só pedimos às pessoas que aceitem as doses oferecidas e que também procurem o reforço da segunda dose. É como se tem dito: vacina boa é a vacina no braço”, destacou a coordenadora do Programa Municipal de Imunização, Emanoeli Stein.

A vacinação está suspensa temporariamente no município por falta do imunizante. Conforme o Governo do Estado for enviando mais doses, o objetivo do município é garantir a cobertura com primeira dose a todas as faixas etárias até o mês de setembro. “Espera-se que haja celeridade no repasse das vacinas ao município também”, frisa Emanueli.

Novos casos

O município mantém atualmente uma média estável de novos casos. Conforme os dados apresentando pelo Comitê, a cada 100 exames realizados, 22 apresentam resultado positivo. Ainda, a média flutua em cerca de 60 casos por dia. Embora seja alto, é abaixo do que o vivido há três semanas.

Já em relação ao perfil dos novos casos, a maioria continua sendo entre mulheres com faixa etária de 21 a 50 anos.

Óbitos

O Comitê também apresentou um dado novo, que verifica o percentual de vacinados em relação às mortes em decorrência da doença.

Dos 207 óbitos por Covid-19 registrados desde o início da vacinação no município, em 21 de janeiro, 69% não haviam tomado nenhuma dose da vacina. Já entre os vacinados, 21% haviam tomado a primeira dose e apenas 9% a segunda.

Os números revelam o impacto direto da vacina na evolução da doença e também alertam para a necessidade de completar o esquema vacinal. “Em pessoas que completaram o esquema, com as duas doses, a vacina teve mais efetividade. Pois o que os dados revelam é que muitos não haviam completado o esquema, que só após 14 dias da segunda dose começa a ter maior eficácia”, destacou a enfermeira Glaciane Buono, da Vigilância Epidemiológica.

O perfil de pessoas que mais vão a óbito no município, são homens e que possuem outras comorbidades.

Monitoramento

Em outra frente, foram destacados os trabalhos realizados pela equipe de monitoramento, que utiliza a telemedicina, visitas residenciais e ligações para saber o estado do paciente moderado-leve e leve, que tem condições de estar em casa.

Só no mês de junho foram 2.405 mil ligações para casos suspeitos; 3.768 mil ligações para casos confirmados até o 10º dia de sintoma; e 1.672 mil ligações para casos confirmados do 11º ao 14º dia de sintoma. Ainda, foram realizadas 814 visitas domiciliares, onde puderam diagnosticar que 38 pessoas saturavam abaixo de 95 e oito pessoas abaixo de 90, sendo encaminhadas imediatamente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas.

O monitoramento conta ainda com atendimento psicológico, que leva a profissional às casas de familiares que perderam alguém pela doença e a telemedicina, com consultas com uma médica via ligação por vídeo.

Avaliação

O balanço das atividades apresentadas no Comitê, segundo a secretária de Saúde Lilian Brandalise, reflete o impacto da vacina no município, uma vez que os novos casos e seus agravamentos aparecem em pessoas que ainda não receberam nenhuma dose, ou que receberam apenas uma.

Ela também citou sobre a visita da comitiva médica de São Paulo, entre a segunda e a quarta-feira desta semana (28 a 30 de junho), e as próximas medidas no enfrentamento à Covid-19 em Pato Branco.

“Nossa ideia é capacitar ainda mais nossos profissionais e, a partir da visita da comitiva, garantir uma assessoria com as metodologias adotadas por eles. Ainda estudamos a implementação, mas isso é possível agora porque vivemos um momento de baixa de casos. Não é um momento para folgar as medidas e sim de garantir que se vier uma nova onda, teremos uma estrutura adequada para atender a população”, destacou Lilian, que alertou ainda quanto às preocupações em relação à nova variante da doença. “Não queremos mais ficar nessa angústia. Queremos dar conforto e segurança às pessoas.”

Entre as medidas já adotadas estão a construção de um Centro de Triagem, ao lado da UPA 24H, e a adaptação da Associação de Moradores do bairro Cristo Rei para uma Unidade Sentinela, que ainda está em fase de estruturação.

Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado.

Postar Comentário